UM POUCO SOBRE O CAFÉ

VARIEDADE DOS GRÃOS


A planta de café tem origem africana, vem das rubiáceas e conta com mais de 500 gêneros e cerca de 6.000 espécies de árvores tropicais e arbustos. O café envolve uma grande família que começa a partir de pequenos arbustos até chegar a árvores de 10 m de altura. As folhas são na cor púrpura, amarela ou verde, sendo esta última a mais comum. As mais importantes espécies de café são 25, porém as principais e mais conhecidas são a arábica e a robusta.
A arábica representa aproximadamente 70% da produção mundial de café. Esta planta é geralmente um arbusto grande e verde escuro, com as folhas ovaladas, e pode alcançar mais de 9 metros de altura. Os frutos são redondos, suaves, levemente ácidos, cor achocolatada, de casca lisa e intenso perfume. Depois do cultivo, as árvores da arábica tardam a amadurecer - entre 3 ou 4 anos - quando produzem sua primeira colheita, e a planta pode continuar produzindo frutos por 20 a 30 anos.
Requerem condições climáticas específicas para crescer e, por conseguinte, seu cultivo é mais delicado. Necessitam de muita água e luz solar e não toleram o gelo, sendo por isso que hoje seu cultivo é feito em países tropicais e subtropicais, cercando a linha do Equador.
O conteúdo de cafeína do grão é relativamente baixo (entre 0,9% a 1,5%). A espécie robusta, pode crescer até 32 pés de altura como arbusto ou árvore. Os grãos são também redondos, porém menos perfumados, picantes e demoram cerca de um ano para amadurecer.
A espécie robusta cresce no Ocidente e África Central, no sudeste da Ásia e algumas partes da América do Sul, incluindo o Brasil. As árvores produzem sua primeira colheita em 3 a 4 anos depois de serem plantadas, e seguem sendo férteis durante 20 a 30 anos. A árvore cresce em grandes extensões de terra imersas em bosque. O conteúdo da cafeína do grão é muito superior (entre 2% a 4.5%) em comparação ao grão arábica. Mónica Godoy L./ Terra Colômbia

A QUALIDADE E SABOR DO CAFÉ

A qualidade e sabor do seu cafezinho dependem diretamente do tipo de torra e moagem a que o grão é submetido. Grãos mais claros são mais ácidos, têm aroma suave e são menos amargos. Já um mais escuro, torna-se menos ácido com sabor mais amargo. A moagem influencia no uso do pó para cada tipo de café a ser produzido. O café árabe, por exemplo, não é coado e os grãos se depositam no fundo da xícara. Isso exige um grão pulverizado.
Os grãos que ficam finos são ideais para os filtros de papel e coador de pano, geralmente utilizados em casa. Já um grão medianamente moído é usado para a produção de café expresso e, a moagem mais grossa, em cafeteira italiana.
Para você ter certeza que está degustando o melhor café é preciso observar algumas características fundamentais e que determinam a nobreza do líquido.
Um dos pontos fortes do café é sua fragrância, que deve ser fresca e intensa para revelar a qualidade da amostra. O aroma é outro quesito para determinar sua qualidade, representa a percepção olfativa da bebida ainda quente e, na torração clara, exala odor de nozes, amêndoas, castanhas frescas, cereais, malte ou pão torrado.
Já a torração média clara, lembra ao odor de caramelo, e, o café de torração média, lembra o odor de chocolate. Os cafés feitos com grãos de torração escura têm fragrância que lembra resina, remédio, especiarias, queimado e cinzas. O raio-x também é feito de acordo com a acidez da bebida. O gostinho ácido é sentido pela presença de clorogênico, cítrico, málico e tartárico e é comum num tipo de café denominado arábico.
Já o amargor deve ser moderado e pode ser sentido no fundo da língua. Os grãos mais torrados deixam o café mais amargo, assim como os de moagem mais fina. O pretinho também deve ter um toque de oleosidade, o corpo, mas, ao final, deve deixar sensação adstringente na boca. E quem acha que o café é cheio de sabores, está certo. Em uma xícara você pode experimentar doce, salgado, amargo e ácido.
Redação Terra

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