Na pecuária de pequenos e grandes ruminantes, uma boa criação começa com um bom pasto. Quem cria animais que dependem, em grande parte, de uma boa oferta de volumoso, sabe que é a partir dele que se realiza toda a base para um bom sistema de manejo, seja ele sanitário reprodutivo ou alimentar.
Um bom pasto valoriza o trabalho de criação e a propriedade. Se o ditado diz: “dinheiro não nasce em árvore”, para um bom criador dinheiro nasce até no chão... Isso se pensarmos num pasto bem cuidado, bem conservado e de boa qualidade nutricional. Segundo o Ministério da Agricultura, a área de pastagem com espécies cultivadas no Brasil está em torno de 115 milhões de hectares, destacando-se nesta categoria, a predominância de capim Brachiaria, enquanto a área com pastagem nativa é de 144 milhões, onde predominam centenas de espécies originais. Investir no pasto é tão importante como investir em qualquer outra atividade dentro da criação, e mais uma vez, a observação de critérios técnicos é o segredo, pois o custo de refazer um trabalho mal conduzido nesta área é muito alto. Alguns outros pontos são importantes mencionar, como as cercas elétricas, que ajudam a melhorar o aproveitamento da pastagem, propiciando faixas de pastejos mais eficientes para o rebanho, e o investimento em máquinas, como roçadeiras e implementos específicos, que tornam o trabalho menos cansativo e custoso em termos de mão-de-obra. Dicas Essas dicas podem (e devem) ser seguidas em qualquer circunstância. É claro que um bom manejo da pastagem depende de muitos outros fatores, e a ajuda de um profissional capacitado é indispensável para o sucesso do empreendimento: 1 – Realizar uma análise de solo bem feita: nada pode ser feito sem este procedimento, pois a partir do estudo da composição química e física do solo será possível definir que tipo de correção deverá ser realizada para que seja possível um plantio bem sucedido. 2 – Reformar ou recuperar? A análise do solo, adicionada de um cálculo de custo X benefício, irão decidir o que é viável fazer na área. Aí entram inclusive custos de obras de engenharia, como o nivelamento do solo e a correção de erosões e proteção de mananciais, que são obras mais custosas, mas que devem ser programadas para se pagarem no médio prazo. 3 – Estruturar um projeto: não é interessante realizar ações pontuais, pois uma pastagem bem planejada envolve uma série grande e coordenada de ações. Um ponto fundamental é definir que tipo de manejo será possível para a área, se ele será rotacionável ou não, se é aplicável um sistema “voisin”, se será produzido feno, enfim... Como ele entrará na estrutura produtiva, quais serão as cultivares adotadas e se será possível utilizar um sistema de irrigação. 4 – Fase operacional: consiste nas ações de preparação e conservação do solo, adubação e plantio das mudas ou das sementes. É importante dar atenção especial à erradicação de outras espécies indesejadas. Esta é a fase mais trabalhosa, e onde os custos podem ser elevados. 5 – Fase de utilização: é necessário respeitar a capacidade de lotação do pasto, e as alturas de entrada e saída dos lotes. Também é importante realizar a manutenção periódica do terreno e da área verde disponível, pois o pasto interage de forma muito efetiva com o rebanho. Bibliografia consultada: |
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